Durante a abertura do Fórum Empresarial do BRICS, realizada neste sábado (5) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o mundo enfrenta uma perigosa ausência de liderança política, o que, segundo ele, aprofunda as crises sociais, econômicas e humanitárias em diferentes partes do planeta. O evento marca o início das atividades da cúpula do BRICS no Brasil e reúne representantes de dezenas de países, além de chefes de Estado e líderes empresariais.
Lula critica vácuo de liderança global durante abertura do Fórum Empresarial do BRICS no Rio; veja vídeo pic.twitter.com/gmx52kELkG
— O Matogrossense (@o_matogrossense) July 5, 2025
Lula voltou a defender a importância de um Brasil atuante na diplomacia internacional e reforçou seu compromisso em buscar o diálogo entre as nações envolvidas em conflitos armados, como os que ocorrem na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Segundo ele, os efeitos da guerra extrapolam os limites regionais e afetam a economia global, exigindo responsabilidade dos países mais influentes.
Presidente critica imobilismo internacional e cobra ação coordenada
Em seu discurso, Lula alertou que o vácuo de liderança global permite que crises se agravem sem uma mediação eficaz. Ele afirmou que a ausência de decisões coordenadas em fóruns multilaterais compromete a estabilidade mundial. Lula afirmou que o Sul Global deve liderar diante da inércia do G7 e da ONU enfraquecida. Para Lula, o BRICS tem potencial para liderar uma nova governança internacional mais equilibrada e menos dependente das potências ocidentais.
Fórum reúne líderes e reforça interesse em cooperação multilateral
Além do presidente Lula, discursaram no evento o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alvarez Alban, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Bin Abrahim. Os líderes pediram mais investimentos em infraestrutura, tecnologia e comércio, com foco fora do dólar. O fórum também abordou a inclusão de novos membros ao BRICS, tema que deve dominar os bastidores do encontro.
Brasil busca protagonismo como mediador em conflitos globais
Desde janeiro de 2023, Lula busca mostrar o Brasil como mediador em crises globais. Lula se reuniu com líderes internacionais para defender o cessar-fogo em Gaza e a paz na Ucrânia. Por fim mesmo sob críticas de setores conservadores, Lula mantém a linha de atuação centrada na diplomacia e na construção de pontes entre os lados opostos.
Perguntas frequentes:
Ele criticou a falta de ação coordenada de grandes potências diante de crises globais.
Alckmin, Ricardo Alvarez Alban e o primeiro-ministro da Malásia discursaram ao lado de Lula.
Lula busca atuar como mediador e promover o diálogo entre os envolvidos.